Olá
leitores. Primeiramente peço desculpas pelo meu sumiço aqui do blog, mas uma
série de concursos cumulada com a advocacia impediram que eu me fizesse
presente durante o hiato entre uma prova e outra.
E,
como de praxe, desejo parabéns a todos os candidatos, mesmo aos que não foram
bem, já que somente é hora de se preocupar com a divulgação do resultado. Até
lá nada está perdido.
Passadas
as desculpas, seguem as novidades durante a prova da OAB aplicada nesse domingo
06/10, que se encontra na sua 11ª edição aplicada pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV).
Confesso
que desde a 10ª edição e o anúncio da inclusão progressiva das disciplinas
propedêuticas (a começar por filosofia do direito), eu já esperava que a prova
passasse por reformulações. Primeiro, porque com tantas edições já era possível
que os professores dos cursinhos bem como os observadores (como este blog) já
podiam traçar um perfil de cada prova, facilitando e muito a aprovação dos
candidatos, inclusive daqueles não tão preparados. Segundo, porque crescente
eram os problemas encontrados com a elaboração das questões, impressão de
cadernos, correções, divulgação dos espelhos, o que colocavam em risco a
continuidade da FGV na aplicação do certame.
Enfim,
com o XI Exame um novo perfil de prova começa a ser apresentado. Desde o
princípio, quando a FGV anunciou que publicaria o padrão de respostas na mesma
data de realização do exame, eu comecei a ver uma consideração maior com os
examinados. Não é fácil, mesmo com todos os cursinhos publicando suas
impressões e gabaritos extraoficiais, esperar por aproximadamente 20 dias para
saber se a resposta apontada pela banca (que volta e meia é muito “sem noção”)
coincide com a que foi elaborada por cada candidato.
No
geral a prova de Empresarial foi uma prova muito justa. Nada de subterfúgios ou
enunciados duvidosos, e que deixavam muito claro o que queriam, e qualquer
candidato que tivesse um conhecimento mediano dos pilares e conceitos da
disciplina se daria muito bem.
Alguns
professores criticaram a peça ser um Recurso Especial. Eu particularmente não
me surpreendo nem acho isso o fim do mundo. Se um advogado recém-formado pode
atuar perante qualquer juízo ou tribunal em qualquer instância no País, é óbvio
que, dentro da área escolhida pelo candidato, qualquer peça da disciplina pode
cair. E a FGV, mudando as nuances do exame, vai passar a surpreender.
Mas
como nem tudo que reluz é ouro, nos comentários publicados pela FGV faltavam a
cereja do bolo: o quadro de distribuição de pontos. É por meio dele que cada
candidato tem noção de quanto será a sua provável nota, visto que este
instrumento aponta os valores a serem atribuídos a cada artigo de lei ou
fundamento colocado pelos examinados.
Eu
particularmente acho isso muito perigoso por que deixa a correção mais
subjetiva ainda (o Maurício Gieseler também falou sobre isso no blog exame de
ordem). Se antes já era comum que a banca ignorasse pontos que constavam nas
provas dos candidatos, agora a coisa fica com um aspecto arbitrário, não dando
segurança na correção. Acredito que a FGV deve publicá-los posteriormente, mas
não tenho fontes sobre essa informação.
Segue
o link do post dele:
http://blog.portalexamedeordem.com.br/blog/2013/10/fgv-modifica-a-estrutura-dos-padroes-de-resposta-ao-nao-publicar-o-quadro-de-distribuicao-de-pontos/
Entretanto,
nem tudo está perdido. A partir da publicação do padrão de respostas ontem,
graças ao valor atribuído a cada item das questões, é possível elaborar um
parâmetro EXTRAOFICIAL do valor de cada item, como sempre foi feito por nós.
Nesse caso, como a banca divulgou os itens que devem constar no
cartão-resposta, fica mais fácil se aproximar da pontuação a ser atribuída pela
banca.
Já
com relação à peça prático-profissional ficaremos apenas nas previsões como
fazíamos antes, levando em consideração os padrões adotados pela banca nos
exames anteriores.
No
próximo post eu publicarei o padrão EXTRAOFICIAL das questões, enquanto que
amanhã eu publicarei o padrão EXTRAOFICIAL da peça prático-profissional.
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